segunda-feira, 30 de novembro de 2009

QUEDA DA PRIMEIRA REPÚBLICA
Existiram várias causas para a queda da 1ª República; causas políticas, económicas e socias.
Comecemos pelas políticas: existia uma grande instabilidade nos governos (em 16 anos existiram 45 governos), pois o parlamento interferia constantemente na vida governativa, exigindo explicações constantes. Os partidos iam-se fragmentando, originando outros partidos e assim, a confiança era retirada aos governos.
Portugal entrou na guerra em 1916, para que a Alemanha não conseguisse ficar as colónias. Este acontecimento trouxe despesas e instabilidade Política. Começou a haver falta de bens, racionamentos, especulação, a produção indústrial em queda, o aumento do défice e da dívida pública, diminuição de receitas e aumento das despesas e a desvalorização da moeda.
Entretanto, Sidónio Pais tenta instalar a ditadura Militar; para isso destituiu o partido repúblicano, dissolveu o parlamento, em eleições directas foi eleito como presidente da República e é apoiado pelos conservadores. Mais tarde, Sidónio Pais é morto e assim termina o Sidonismo. Há uma curta guerra civil e os monarcas tentam implantar a monarquia no Morte do país. Entretanto, a situação acalma-se, mas as divisões entre os republicanos agravam-se: os antigos políticos retiram-se da cena política e aos novos falta capacidade para se imporem. Desta maneira, os governos sucederam-se e à instabilidade política que se vivia juntaram-se actos de violência.
MUDANÇAS QUE OCORRERAM APÓS A 1ª GUERRA MUNDIAL
Após a 1ª Guerra Mundial existiram algumas mudanças; económicas, sociais e geo-políticas.
Comecemos pelas sociais: após a guerra formou-se uma nova sociedade. Os homens foram destacados para ir combater e as mulheres começaram a trabalhar e a ter outro papel na sociedade.
Após a guerra intensificou-se o fenómeno da massificação - uniformização dos comportamentos - que já vinha desde a revolução industrial. Com a massificação, todas as pessoas se levantavam à mesma hora, iam para os seus locais de trabalho através dos mesmos meios de transporte, vestiam as mesmas roupas, divertiam-se da mesma forma, etc. Houve também uma ruptura com os valores tradicionais; a família, moral sexual, papel da mulher (emancipação), religião e regras de conduta (anomalia social). A guerra trouxe um sentimento de descrença e de pessimismo.
Passemos agora às mudanças geo-políticas; após a guerra em 1919 foi criado o tratado de Paris, onde foi feito um novo mapa geopolítico. Neste mapa houve a queda dos Impérios e o aparecimento de vários países. Para além disso, dá-se uma democratização dos regimes políticos que vigoravam na Europa.
Quanto às mudanças económicas; apareceu uma nova potência Mundial, os EUA. Este país sofreu esta ascendência devido ao facto de: a Europa ter sido o palco da guerra e como tal ter de pagar as despesas desta. Por outro lado, os homens foram para a guerra e assim deixa de existir mão-de-obra e, consequentemente, a produção diminuiu, pois os campos (agricultura) e as fábricas (indústria) estão destruídos. Para tentar resolver estes problemas, a Europa pede empréstimos aos EUA e começa a importar cada vez mais. Estes empréstimos acarretam juros. Assim, os EUA enriquecem, embora tenham entrado na guerra (numa fase posterior) e não tenham sido afectados no seu território. Os EUA, começaram a exportam mais e a produzir mais, assim há mais lucros e mais emprego, como consequência há mais dinheiro e mais consumo, aumentando assim o mercado interno do país. A este período chama-se "Prosperity".
A partir dos anos 20 a Europa começou a reerguer-se, a crescer, e a produzir mais, assim a importar menos.
Com o crescimento da Europa, os EUA começam a entrar em crise; cada vez produziam mais e exportavam menos e produziam mais do que vendiam, assim existia menos lucro e mais despedimentos. Existia menos dinheiro e menos consumo interno.
As empresas/fábricas vendiam abaixo do preço real, ao preço de produção. O que levou à falência e novamente aos despedimentos/desemprego.
Existiu também o crash na bolsa de Nova Iorque; como existia muito dineiro e consumo, a população começou a investir na bolsa as suas poupanças, o que originou a subida das acções. Como existia menos lucros e menos emprego, as pessoas começaram a vender as suas acções, e assim começou a haver mais oferta do que procura. Para conseguirem vender as suas acções, baixaram os preços, até que numa 5ª feira negra, o preço das acções chegou ao 0, chamando-se o CRASH da bolsa de Nova Iorque.
A crise nos EUA (sendo esta uma potência mundial), alastrou-se ao resto do mundo. Na Europa, houve a retirada dos investimentos e o fim dos empréstimos. No resto do mundo, não vendiam matérias-primas, assim não exportavam e não existia emprego. Chama-se a este fenómeno a MUNDIALIZAÇÃO DA CRISE.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A REVOLUÇÃO RUSSA
(Síntese para preparação para o segundo teste somativo)


Na Europa ocidental, nos finais do século XVIII triunfava o liberalismo e a democracia parlamentar, factor que levou a Rússia, país conservador de Monarquia Absoluta, a iniciar um processo revolucionário do qual resultou o primeiro Estado Socialista do mundo.
Os revolucionários tiveram como base os ideias de Marx e Engels e em Lenine encontraram o líder capaz de pôr em prática esses princípios.
Antes de mais, analisemos a Rússia em 1917 e o contexto em que a revolução decorreu.
O império russo, estado autocrático e governado pelo czar Nicolau II, atravessava um momento de inúmeras tensões sociais e políticas, nomeadamente: o descontentamento dos camponeses (constituíam 85% da população) que clamavam por terras, concentradas nas mãos dos grandes senhores e latifundiários; o operariado, escasso mas reivindicativo, exigia maiores salários e melhores condições de vida e de trabalho; a burguesia e a nobreza liberal, desejavam a abertura política e a modernização do país; a contestação política era protagonizada por socialistas-revolucionários (reclamavam a partilha de terras), por constitucionais-democratas (adeptos do parlamentarismo ocidental) e por sociais-democratas, divididos entre moncheviques (reformistas) e bolcheviques (defendiam a ditadura do proletariado); também a participação na 1ª Guerra Mundial agravou as fraquezas do país, assim como a desorganização económica, a falta de géneros e a fome que resultavam em manifestações e greves, bem como as derrotas face à Alemanha que estimulavam o anticzarismo.
A primeira revolução deu-se em Fevereiro de 1917, em Petrogrado, onde se sucederam graves manifestações populares, greves e motins que exigiam o fim do czarismo. Com a adesão dos soldados, que resultou no assalto ao palácio de Inverno. O czarismo chega ao fim e a Rússia tornou-se uma República.
O poder é entregue ao governo provisório dirigido por Lvov e depois por Kerensky, que se empenhou na instauração de uma democracia parlamentar e na continuação da guerra com a Alemanha. Mas desde cedo, enfrenta a oposição dos sovietes; conselhos de camponeses, operários, soldados e marinheiros controlados pelos bolcheviques, que apelavam: à retirada imediata da guerra; ao derrube do governo provisório que apelidavam de burguês, à entrega do poder aos sovietes e à confiscação da grande propriedade. A Rússia vivia assim, uma autêntica dualidade de poderes.
Meses depois, em Outubro de 1917, Petrogrado assistiu a uma nova revolução: guardas vermelhos (milícias bolcheviques) assaltaram o Palácio de Inverno e derrubaram o Governo Provisório nele sediado. O II congresso dos sovietes entregou o poder ao conselho dos comissários do povo, composto exclusivamente por bolcheviques: Lenine ocupou a presidência, Trotsky a pasta de guerra e Estaline a pasta das nacionalidades. Deste modo, os representantes do proletariado, conquistavam pela primeira vez na história o poder político.
O novo governo iniciou funções com a publicação dos decretos revolucionários, nomeadamente o decreto sobre a paz, que convidava os povos beligerantes à negociação; o decreto sobre a terra que aboliu sem indemnização a grande propriedade; o decreto sobre o controlo operário que atribuía aos operários a gestão de produção e o decreto sobre as nacionalidades, que conferia a todos os povos da Rússia o estatuto de igualdade e o direito à autodeterminação. Um dos primeiros actos políticos do novo governo foi a retirada da Rússia da guerra. Em 3 de Março de 1918 assinou uma paz separada com a Alemanha, que por sua vez foi desastrosa mas necessária (segundo Lenine), uma vez que perdeu a Polónia, a Ucrânia, as províncias bálticas e a Finlândia, ou seja ¼ da sua população e das suas terras cultiváveis, ¾ das minas de ferro e carvão. Entretanto, proprietários e empresários criavam obstáculos à aplicação dos decretos relativos à terra e ao controlo operário. Também a desorganização da economia provocada pela guerra e agravada pela falta de matérias-primas, inflação, regresso dos soldados sem hipótese de emprego e banditismo contribuíram para a débil adesão da população russa ao projecto bolchevique. Para agravar a situação, em finais de 1917, os bolcheviques perdem nas eleições para a Assembleia Constituinte e Lenine dissolve a Assembleia, transferindo o poder para o congresso dos sovietes. O resultado desta resistência ao bolchevismo foi dramática, pois em Março de 1918 eclodiu uma guerra civil (que se prolongou até 1920) entre o exército vermelho (bolcheviques) e o exército branco (opositores ao bolchevismo), que contou com o apoio de Inglaterra, França, Estados Unidos e Japão (pretendiam evitar a expansão do bolchevismo). A vitória foi do exército vermelho e é nesta conjuntura que é instituído o comunismo de guerra, que conferia à ditadura do proletariado um carácter violento e implacável, e que pretendia enfrentar as oposições e entraves à expansão do bolchevismo.
Assim, a democracia dos sovietes tinha chegado ao fim, e as medidas tomadas por Lenine iniciavam esta nova etapa. Foram abandonados os decretos revolucionários; toda a economia foi nacionalizada; os camponeses foram obrigados a entregar as suas colheitas, foi instaurado o trabalho obrigatório dos 16 aos 50 anos; prolongou-se o horário de trabalho, e o salário era atribuído de acordo com o rendimento; todos os partidos foram proibidos, com excepção do comunista; o terror institucionalizou-se com a Tcheca, polícia política, que prendia suspeitos e julgava-os; os campos de concentração e as execuções sumárias proliferavam; a ditadura do proletariado, não era mais do que a ditadura do próprio partido comunista.
No entanto, a vitória da Rússia bolchevista na guerra civil (1918-1920) teve consequências graves, pois no início de 1921 a economia do país estava arruinada: a miséria e a fome proliferavam; a produção de areais descera para metade; os camponeses obrigados à requisição de géneros, não produziam, destruíam ou escondiam as suas colheitas; a produção industrial também diminui. Deste modo, o congresso dos sovietes autorizou Lenine a inverter a marcha da revolução e o comunismo de guerra deu lugar à NEP: Nova Política Económica. A NEP recorreu ao capitalismo para repor os níveis de produtividade que garantissem os bens essenciais à sobrevivência da população e à independência económica do Estado. As primeiras medidas da NEP visaram a recuperação agrícola, onde se substitui as requisições por um imposto em géneros; a colectivização agrária foi interrompida; os camponeses aumentaram a produção. As medidas seguintes abrangiam a indústria: desviacionalizaram-se as empresas com menos de 20 empregados; fomentou-se o investimento estrangeiro, constituindo-se sociedades de capitais mistos; suprimiu-se o trabalho obrigatório e atribuíram-se prémios para estimular a produtividade; do estrangeiro vieram também técnicos, máquinas e matérias-primas. A Rússia modernizou-se, embora o regresso ao capitalismo tivesse sido parcial, visto que os sectores fundamentais (transportes, bancos, grande indústria e comércio externo) continuavam nacionalizados.
Em 1922 a Rússia converteu-se na URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, um Estado multi-nacional e federal cujas repúblicas, iguais em direitos, dispunham de uma constituição e de uma certa autonomia. Para Lenine, o estado soviético devia ser forte, disciplinado e democrático. Esta conciliação da disciplina e da democracia conseguiu-se com a fórmula do centralismo democrático, princípio basico da organização do Partido e do Estado Comunista, segunda o qual todo o poder emanava da base (teoricamente), com base no sufrágio universal, cujas directrizes eram rigorosamente obedecidas pelas respectivas bases, esta é uma organização política dominada por um único partido, o Partido Comunista, que se identificava com o próprio Estado.
A Rússia incluía uma grande diversidade de povos diferentes e com identidades culturais distintas. Foi por isso, que após a revolução foi constituído um comissariado para as nacionalidades, entregue a Estaline.
Estaline redigiu e publicou a carta das nações russas, um documento que pretendia conciliar os interesses autonomistas e económicos da Rússia. Foi neste momento que foi constituída a URSS, como já desenvolvi anteriormente.
Entretanto, em Janeiro de 1924, Lenine faleceu vítima de doença cerebral, sucedendo-lhe Estaline como chefe da URSS. Empenhou-se na construção da sociedade socialista e na transformação da Rússia em potência mundial, consegui-o através da colectivização dos campos, da planificação económica e do totalitarismo repressivo do Estado.
Estaline reforçou o centralismo económico através da colectivização, ou seja, a apropriação colectiva dos meios de produção, interrompendo também o processo liberalizador instituído com a NEP. Nacionalizou todos os sectores da economia, planificando-a na agricultura. Aos Kulaks foram confiscados terras e gado. As terras foram divididas em: os kolkhozes (quintas colectivas ou cooperativas de produção) correspondiam às antigas aldeias, em que as famílias camponesas abandonavam as suas terras à colectividade, mantendo apenas as casas e sovkozes (propriedades dirigidas directamente pelo estado, em que os trabalhadores eram assalariados). Apesar da resistência à colectivização os resultados acabaram por ser satisfatórios, especialmente no que diz respeito ao trigo, algodão e açúcar.
Também o sector industrial se desenvolveu sob o signo da planificação. Estaline projectou o seu desenvolvimento em sucessivos períodos de cinco anos – os planos quinquenais.
O primeiro plano (1928/32) visou o incremento da indústria pesada: promoveu investimentos maciços; recorreu a técnicas estrangeiras; apostou na formação de especialistas e engenheiros; e um conjunto de medidas coercivas contribuiu para fixar os operários e aumentar a produtividade.
O segundo plano (1933-37) incidiu no sector da indústria ligeira e dos bens de consumo, tinha por finalidade proporcionar melhor qualidade de vida às populações.
O terceiro plano quinquenal (1938) teve como prioridades a indústria pesada, hidroeléctrica e química, tendo sido interrompido pela 2ª Guerra Mundial em 1941. Mas, então, já a URSS era a terceira potência mundial, atrás dos EUA e Alemanha.
No entanto, o Estado Estalinista revelou-se omnipotente e totalitário, privando os cidadãos das liberdades fundamentais. Só o Partido Comunista monopolizava o poder político, e o centralismo democrático permitia-lhe o controlo dos órgãos do Estado.
A ditadura estalinista, que viveu à custa de uma repressão brutal, ficou associada a um dos regimes mais despóticos da História da Humanidade.

domingo, 22 de novembro de 2009

VANGUARDAS – PINTURA

FAUVISMO

LOCAL E DATA DE INÍCIO: França - 1905
REPRESENTANTE: Henri Matisse
CARACTERÍSTICAS:
- Cores fortes e intensas;
- Negligência de precisão e de forma;
- A cor é o meio de expressão;
- As manchas de cor delimitam os planos;
- Não têm intenções sociais.

EXPRESSIONISMO

LOCAL E DATA DE INÍCIO: Alemanha - 1905
REPRESENTANTE: Kirchner Heckel
CARACTERÍSTICAS:
- Expressam sentimento e dramas interiores;
- Critica social;
- Formas Simples;
- Cores fortes;
- Pinceladas largas.

CUBISMO

DATA DE INÍCIO: 1907
REPRESENTANTE: Picasso
CARACTERÍSTICAS:
- Trata a forma dos objectos;
- Decomposição da imagem em sólidos geométricos;
- Não dão muita importância à cor.

ABSTRACCIONISMO

DATA DE INÍCIO: 1910
REPRESENTANTE: Kandinsky
CARACTERÍSTICAS:
- Rejeitam a ligação à realidade concreta;
- Desaparece o objecto;
- Surge um conjunto de linhas, cores e formas;
- Cores e traço livres.

FUTURISMO
LOCAL E DATA DE INÍCIO: Itália - 1909
REPRESENTANTE: Filippo Marinetti
CARACTERÍSTICAS:
- Exaltação da sociedade industrial, tecnologia e velocidade;
- Rejeição do passado;
- Glorificação do futuro;
- Decomposição da realidade em segmentos;
- Imagens fugazes.

DADAÍSMO
LOCAL E DATA DE INÍCIO: Suíça - 1916
REPRESENTANTES: Max Ernest e Duchamp
CARACTERÍSTICAS:
- Subversão dos valores;
- Práticas provocatórias;
- Denúncia social;
- Elevação do objecto comum a obra de arte.

SURREALISMO
LOCAL E DATA DE INÍCIO: França - 1924
REPRESENTANTES: Dali, Chagal, Miro, André Breton
CARACTERÍSTICAS:
- Pensamento inconsciente;
- A arte projecta o inconsciente;
- Fusão da realidade com o sonho.

FILIPA CARDOSO Nº 3 12º6ª - HISTÓRIA A
4 DE NOVEMBRO DE 2009