sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

NEW DEAL

A Depressão dos anos 30 marcou o fim do capitalismo liberal e os estados praticaram o intrevencionalismo económico. O intrevencionalismo económico consiste no desempenho pelo Estado de um papel activo nas actividades económicas do país, com o objectivo de regular as relações laborais e criar condições para o desenvolvimento económico e corrigir as desigualdades sociais. Este intrevencionalismo baseava-se no Keynesianismo, que defendia o intrevencionalismo e uma política de investimento do Estado, em que este devia regular o mercado e ter um papel na organização da economia. O New Deal foi um programa de reformas sociais e económicas inspirada no Keynesianismo, postas em prática por Roosevelt.
Esta política tinha como objectivos: superar os efeitos da depressão, criar mais emprego e melhorar as condições de vida da população.
Este programa teve duas fases. Na primeira fase, propôs-se a relação económica e a luta contra o desemprego. Várias medidas foram tomadas. A nível financeiro o estado intervem nas actividades bancárias, estabelecendo sanções contra os especuladores, desvalorizando o dólar, o que permitiu baixar a dívida externa e subir a inflação de uma forma controlada. A nível político foi criada uma política de obras públicas que combateram o desemprego, com a construção de estradas, caminhos-de-ferro, etc; houve, da mesma forma, uma protecção à agricultura com empréstimos aos agricultores, redução das áreas de cultivo para fazer baixa à produção e estabilizar os preços; existiu igualmente uma protecção à indústria, na medida em que existiu uma fixação de preços mínimos e máximos de venda, cotas de produção, liberdade sindical e salário mínimo.
Na segunda fase, este programa teve um carácter social; reforma para a velhice e invalidez, salário minímo, fundo de desemprego, redução de número de horas de trabalho para 40h semanais e a instauração do Estado de Providência (Welfore State), onde o bem-estar da sociedade é conseguido através da segurança social, habitação e educação. Este facto, visa garantir o emprego e a melhor repartição de rendimentos.
Este , acabou por inspirar alguns países europeus.
Na Grã-Bretanha instituiu-se uma legislação de apoio à classe operária, onde constava habitações para estas classes, instituição de férias pagas e subsidios de desemprego, viuvez e velhice. Desta forma, aumentaram os impostos à classe média alta, de maneira a existir uma melhor distribuição de rendimentos.
Também a França foi influênciada pelo New Deal; com a vitória da frente popular, foram tomadas medidas sociais: entre as quais liberdade sindical, 40 horas de trabalho semanal, 15 dias de férias pagas e aumentos semanais.