A emigração diminuiu nas décadas de 30 e 40 devido à Grande Depressão e à 2ª guerra.
No entanto houve um crescimento da população e um aumento da mão-de-obra o que originou migrações vindas do campo, para as cidades do litoral e para o estrangeiro.
A estes factores acresce o atraso de Portugal e os entraves à modernização da agricultura; o início da guerra colonial e o endurecimento político do regime.
Em apenas 10 anos, mais de um milhão e meio de pessoas sai de Portugal. Dessas, perto de um milhão vai para a França a salto, clandestinamente, atravessam a Espanha e os Pirinéus e instalam-se nos bairros de lata à volta da cintura de Paris, na chamada Ile de France.
A maioria dos emigrantes tinha entre os 15 e os 19 anos ou eram trabalhadores no activo. Partem principalmente para a Europa.
Mais de metade dos emigrantes são clandestinos, uma vez que a lei portuguesa punha entraves à emigração. Todos os que tivessem mais de 14 anos tinham que ter as habilitações mínimas (a 3ª classe) e todos os homens tinham que ter cumprido o serviço militar.
Porém, o Estado português quis salvaguardar os interesses dos portugueses nos países de acolhimento, o que permitiu a obtenção de regalias sociais.
A livre transferência, para Portugal, de parte das remunerações auferidas contribuiu para o equilíbrio da nossa balança de pagamentos e para o aumento do consumo interno.
Devido ao envio das remessas dos emigrantes o governo despenalizou a emigração clandestina.
A emigração teve como consequências o desfalque do país de trabalhadores; o envelhecimento da população; permitiu ajustar a oferta e a procura no mercado de trabalho; o equilíbrio económico, devido ao envio de divisas pelos emigrantes.
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